O que é?

O programa Olhos da Floresta, conduzido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e a Coca-Cola, está fomentando a produção de guaraná com excelência no estado do Amazonas. Através do projeto, os agricultores participantes recebem acompanhamento técnico em suas lavouras, garantindo a profissionalização do cultivo e a rastreabilidade de sua produção.

Com início em 2016, em cinco municípios do Amazonas, atualmente está presente em 14 deles, abrangendo 90% das áreas produtivas do guaraná em território amazonense. Ao final do processo, serão mais de 300 famílias impactadas, que poderão atuar em um novo patamar de gestão, dentro dos rigorosos padrões de fornecimento do Sistema Coca-Cola Brasil.

Quais são os objetivos do projeto e como estão sendo alcançados?

Para produzir o guaraná de qualidade, algumas práticas de campo devem ser conduzidas à risca durante o cultivo. Sabemos, também, que a tendência do público consumidor é se tornar cada vez mais exigente pela segurança alimentar e preservação do meio ambiente, logo assegurar medidas que permitam a rastreabilidade da produção são cada vez mais importantes.

Para atingir estes objetivos, o Imaflora acompanha os agricultores através da assessoria técnica para auxiliar com as melhores práticas de cultivo e gestão da propriedade, contando com técnicos especialistas na cultura do guaraná e diversas ferramentas de trabalho.

Uma das ferramentas implementadas para alcançar estes objetivos é a Plataforma Demetra: um aplicativo que conta com Caderno de Campo Digital, assegura a rastreabilidade da produção e permite que técnicos otimizem o trabalho de acompanhamento da produção do fruto. Mais do que facilitar o registro, a plataforma conecta o agricultor com os consultores técnicos e permite que ambas as partes otimizem a gestão da produção, através da visualização inteligente e instantânea dos dados obtidos no campo.

João Carlos dos Santos Jr., agrônomo e especialista em agricultura para o Amazonas na Coca-Cola Brasil, relata que: “O app é como um prontuário do paciente: revela quantas limpezas foram feitas no guaranazal, como foi feita a poda, quais as aplicações de preparados homeopáticos foram usadas, colheita de fruto fresco, etc. Isso mostra evidências de boas práticas e facilita que qualquer intercorrência seja rastreada lote a lote pelas cooperativas e associações onde o produtor tem seu vínculo”.

Em virtude disso, o produto vem do campo com qualidade e produtividade superiores e, também, transmite mais segurança e transparência para o restante da cadeia, agregando um valor maior ao guaraná. 

“Ao optar pelo uso da tecnologia, o agricultor que cultiva o guaraná gera evidências que o ajudam na implementação de um sistema de rastreabilidade e auditoria, como o fair trade e o sistema de cultivo orgânico. No caso das cooperativas, a visão sistematizada proporciona engajamento e acesso a mercados premium”, observa João Carlos.

Sucessão Rural

A implementação de tecnologias no meio rural contribui com a permanência dos jovens no campo, favorecendo que as gerações futuras, os filhos e netos dos agricultores, se mantenham na agricultura produzindo alimentos. O público mais jovem, naturalmente, se interessa por tecnologia e possui maior aptidão, logo as plataformas digitais, como o Caderno de Campo Digital Demetra da ELYSIOS, atraem a atenção deste perfil e mostram a produção agrícola de uma forma mais atrativa. Além disso, os “mais novos” do círculo familiar acabam sendo peças importantes na implementação da plataforma, pois auxiliam os pais e avós a operar com a nova tecnologia.